quinta-feira, 30 de abril de 2009

Imprensa ignora a conclusão da Satiagraha

Texto retirado do Obersvatório da Imprensa. (link original)

Silêncio, estranho silêncio

Por Luciano Martins Costa em 30/4/2009
Comentário para o programa radiofônico do OI, 30/4/2009

A chamada Operação Satiagraha, que mereceu tantas páginas de jornais e revistas, foi oficialmente concluída. O inquérito segue para a Justiça, sob um estranho silêncio da imprensa.

Na quinta-feira (30/4), apenas o Estado de S.Paulo registra que a Polícia Federal indiciou o executivo Roberto Amaral, mais um colaborador do dono do Banco Opportunity. Agora são treze, oficialmente, os acusados de envolvimento em crimes de evasão de divisas, formação de quadrilha e outras falcatruas.

O personagem do dia, Roberto Amaral, é velho conhecido de jornalistas que cobrem a confluência da política com a área de negócios. Ele costumava circular com desenvoltura pelos gabinetes de Brasília desde os anos 1970, sendo apontado como lobista da construtora Andrade Gutierrez.

Durante o governo Fernando Collor, era dos personagens que entravam e saíam do gabinete presidencial a qualquer hora, mesmo sem ter seu nome anotado na agenda de audiências. Foi grande amigo do notório tesoureiro de campanha do ex-presidente Collor, Paulo César Farias, lembra a reportagem do Estadão.

Primeira instância

Se fosse do tipo falastrão, Roberto Amaral teria muitas histórias para contar. Mas, ao que parece, não há muitas pessoas dispostas a ouvi-lo. Nem mesmo na imprensa.

Pois nada justifica os outros jornais terem ignorado o fato de que, com o indiciamento de Amaral, conclui-se o inquérito que a Polícia Federal batizou de Satiagraha.

O observador atento, que de tão atento pode até ser tido como chato, perguntaria: por que razão, depois de tanto escândalo sobre as práticas do delegado Protógenes Queiroz, que deu início e estruturou o inquérito, os jornais ignoram seu desfecho?

O indiciamento de Roberto Amaral foi feito há uma semana. A publicação da notícia e da conclusão do inquérito parece ter sido resultado do interesse exclusivo do repórter, já que não há nem mesmo uma palavra de referência na primeira página do jornal.

O caso agora está na Justiça. Daniel Dantas vai responder por cinco crimes: gestão fraudulenta, formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e operação irregular de crédito. Terá a companhia de doze sócios e colaboradores. Ele já foi condenado a dez anos de prisão, em primeira instância, por corrupção ativa. E, de repente, a imprensa perdeu o interesse por ele.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O passeio de Joaquim

Tive a oportunidade de presenciar ontem uma cena onde, em sala de aula, um colega bradou com indignação o fato do ministro Joaquim Barbosa ter ido "passear" no Rio após o arranca-rabo do mesmo com o Supremo Presidente do Supremo Gilmar Mendes.

Deveria o colega - assim como quem mais compartilhar de sua indignação - ter se informado melhor antes de ter emitido uma derradeira opinião sobre o assunto.

Diferentemente de Mendes, não é do feitio de Luís Nassif sonegar informações:



O “passeio” de Joaquim Barbosa

No dia seguinte ao bate-boca com Gilmar Mendes, o Ministro Joaquim Barbosa foi almoçar em um restaurante no Rio de Janeiro, onde recebeu o apoio de muitos dos presentes. O evento foi interpretado como um “passeio” populista de Barbosa.

Barbosa esteve no Rio para uma ida à 9ª Vara Federal Criminal, para tratar de detalhes acerca das oitivas a serem ali realizadas em maio - 30 testemunhas de defesa de acusados do Mensalão. Para não realizar as oitivas pessoalmente, Barbosa valeu-da chamada “Carta de Ordem” - uma espécie de carta precatória, pela qual ele delega a outro juiz a tarefa de tomar os depoimentos das pessoas. O tal “passeio carioca” consistiu apenas em um almoço frugal, a 2 quilômetros da Justiça Federal.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/page/3/

terça-feira, 28 de abril de 2009

A crise é o fim do mundo

Resposta da Havaianas à assustadora crise mundial!

Era pra esse comercial passar nos intervalos do programa de Miriam Leitão.

domingo, 26 de abril de 2009

Eduardo e Roberto Taufic

Os irmãos Taufic na EMUFRN em Natal.

Bate e rebate

Essa é para aqueles que diziam que Ronaldo estava acabado

RESPEITEM O GÊNIO.


Os servos de Dantas

por Gustavo Barbosa

No jogo de xadrez, as peças são dispostas no tabuleiro de forma a, em uma verossímil reprodução dos ferrenhos combates medievais, salvaguardar aquelas que seriam de maior importância: o rei e a rainha. Assim, não importa a estratégia de defesa adotada, os peões, o bispo, o cavalo e a torre convergem todos na defesa dessas duas peças as quais, se capturadas pelo adversário, tiram chances significativas de vitória – no caso, a rainha – ou findam de vez o combate – em tratando do rei -, em mais uma projeção da realidade feudal, onde a invasão do castelo alheio seguida da destronação do seu monarca é quase sempre o ponto alto das vitórias das guerras e batalhas da Idade média.

Apesar da menor importância, as demais peças possuem valor fundamental na defesa de suas figuras reais, dado que, uma vez derrubadas, abrem passagem para que se atinja a jugular da realeza, acarretando, assim, na derrota. Tal exemplo projeta-se de forma perfeita tanto no embate ocorrido entre os ministros do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes ocorrido na semana passada como na reação da Veja em relação ao acontecido: Mendes (o bispo branco), peça de posição estratégica na defesa do rei (Daniel Dantas), ao ser alvejado pelo exército negro (Joaquim), provocou de forma imediata a reação da torre (Veja) para neutralizar os ataques do exército adversário (o trecho reproduzido é de sua última edição):

O DIA DE ÍNDIO DE JOAQUIM BARBOSA


A descompostura quase provoca uma crise institucional no STF por causa do destempero de Joaquim Barbosa – justo ele, um ministro símbolo de coragem, cultura, inteligência e elegância


(...)Na semana passada, durante uma rude discussão sobre a aposentadoria de servidores do Paraná, o ministro Joaquim Barbosa atacou o presidente Gilmar Mendes com uma série de acusações sem fundamento que ele leu em algum panfleto partidário. (...)

Que a Veja se pauta pelos cambiantes e malcheirosos ventos da conveniência política e econômica é uma coisa óbvia que todos sabemos, mas se ainda havia quem não houvesse enxergado isso, agora não há mais desculpas: no momento em que o ministro Joaquim Barbosa fora relator do Mensalão e pediu o indiciamento dos seus envolvidos, fora alçado à capa do semanário da Abril com loas de herói; hoje, é taxado como “destemperado” e “desfundamentado”. As opiniões da Veja possuem consistência semelhante a de uma gelatina exposta ao sol do meio-dia.

Mendes, por sua vez, possuindo ligação umbilical com Daniel Dantas - senhor da Veja até mais que o próprio Victor Civita -, ao ver seus intestinos expostos à coletividade pelo ministro Joaquim, viu-se nu diante da opinião pública; Mendes, serviçal inveterado de Daniel Dantas como um Cérbero fiel que não poupa forças para proteger as portas do Tártaro, fora confrontado por um Hércules - representado na figura do ministro Joaquim - sem nenhum receio de chegar até Hades – Dantas - com seus ousados ataques. A Veja, naturalmente, não podia deixar isso passar em branco, colocando-se com reflexo felino em defesa de Mendes ao voltar seu belicoso arsenal verborrágico e panfletário contra aquele que, há pouco mais de um ano, protagonizara sua capa como herói da República.

A torre, em defesa do bispo e em nome do rei, evitou mais uma vez o xeque-mate. Só lembremos que, por mais que ainda haja aqueles que insistam na tese de que entre Dantas, Veja e Mendes não há ligação, ao final da partida todas as peças do mesmo exército são guardadas, sempre, na mesmíssima caixa.

sábado, 25 de abril de 2009

PHA: "A Folha vai dar a outros candidatos o tratamento que dispensa à Dilma ?"

Texto do blog de Paulo Henrique Amorim, só fiz copiar, mas assino em baixo.

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A Folha (*) publicou hoje na primeira página uma notícia errada, em off, sobre o câncer da ministra Dilma Rousseff. Errada, porque não disse que era câncer.

Isso não é notícia que se dê em off.

Dar a entender que alguém tem câncer sem que a informação seja do doente, do medido ou do hospital.

Faz parte do jornalismo de quinta categoria que a Folha pratica. Muito parecido com a forma com que os adversários políticos vazaram para a imprensa que o candidato à presidência da República Mário Covas estava com câncer.

Segundo o que dizem os médicos de um hospital que deixa vazar uma informação dessa gravidade, a candidata do presidente Lula a presidência da República tem, hoje, depois de totalmente extirpado o câncer, tanta chance de ter outro câncer quanto qualquer pessoa.

A edição de hoje da Folha deve ser conservada em formol, porque se trata de uma antologia do jornalismo em decomposição que se pratica nesta subdemocracia.

Dois ou três domingos atrás a Folha praticou a fraude de sustentar, com apoio de uma ficha policial falsa, que um inexistente seqüestro de Delfim Netto poderia ser imputado às maquinações diabólicas da terrorista Dilma Rousseff. Isso foi num domingo, dia em que a tiragem da Folha é maior. Hoje, numa página par, menos lida, num dia de sábado, a Folha confessa que a “reportagem” era uma fraude: a ficha é falsa e não veio do DOPS, mas por e-mail de um leitor.

Quer dizer, o controle de qualidade da Folha vale tanto quanto o de um botequim de beira da estrada.

A Folha, se fosse séria, deveria perguntar a Zé Pedágio, membro da Ação Popular, se participou do atentado a bomba ao aeroporto Guararapes, em Recife, praticado pela AP.

Se fosse séria, a Folha deveria perguntar se Aloysio Nunes Ferreira, candidato a governador de José Serra, assaltava ou ainda assalta bancos. Se fosse séria, a Folha passaria a dispensar o mesmo tratamento leviano sobre as doenças graves dos outros candidatos a presidente, se é que existem.

E poderia valer-se do sistema de preservação de confidencialidade que caracterizou o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: dirão os tucanos de plantão que a Folha cumpriu o dever cívico de divulgar uma informação que Dilma Rousseff provavelmente omitiria. Que é o mesmo que acreditar que numa situação comparável José Serra também cometesse o pecado da omissão. Os brasileiros e especialmente os eleitores paulistas não têm o direito de fazer essa suposição em um e no outro caso.

Em tempo 2: quando “noticiou” a ligação entre Dilma e o “seqüestro” de Delfim, a Folha honrou a fraude com o alto da primeira página do domingo. A confissão da fraude não pereceu a primeira página da edição de sábado.

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Link original AQUI.

Zero Hora: "Barbosa saboreia popularidade"

"Depois de desafiar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a ir às rua, o ministro Joaquim Barbosa experimentou ontem o gosto da popularidade.

Protagonista de um bate-boca com Mendes na quarta-feira, Barbosa caminhou ontem pelas ruas do Rio. Antes, o teste de popularidade se deu em um restaurante, no centro da cidade. Ao almoçar com três amigos, o ministro foi reconhecido e cumprimentado por frequentadores. Questionado por jornalistas, Barbosa desconversou sobre a reação do público:

– Não tem nada disso não, deixa pra lá.

Em pelo menos duas mesas do restaurante, foi obrigado a parar para ouvir cumprimentos de “Parabéns, ministro”. Os elogios se repetiram no trajeto que ele fez do restaurante à Avenida Rio Branco – cerca de dois quarteirões –, onde entrou no carro oficial.

Na reunião a portas fechadas, realizada na noite de quarta-feira, em que foi definida a divulgação de uma nota de apoio ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ficou evidenciado um racha entre os 11 integrantes da Corte.

O reconhecimento a Mendes foi o consenso possível entre os nove ministros que participaram da reunião. Barbosa resolveu ir embora depois da sessão, e Ellen Gracie estava no Exterior. Um grupo queria que a nota repudiasse a postura de Barbosa.

Depois de ouvir de Barbosa que não se retrataria, os ministros Celso de Mello, e Carlos Ayres Britto retomaram à reunião dispostos a não criticá-lo na nota. O temor era de que uma censura pública abrisse caminho para o impeachment de Barbosa, algo inédito na história do Supremo."

Link original AQUI.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mário de Oliveira: Seis juízes do STF trabalham para Gilmar

Direto do blog de Azenha. (link original)Mário de Oliveira (23/04/2009 - 21:04)

Você já entrou no site do IDP - Instituto Brasiliense de Direito Público, que é de propriedade do Ministro Gilmar Mendes?
Entre os professores desse instituto estão os senhores Eros Roberto Grau, Marco Aurélio Mendes de Faria Mello, Carlos Ayres Britto, Carlos Alberto Menezes Direito e a senhora Cármen Lúcia Antunes Rocha (cinco Ministros do Supremo). Ou seja, alguns dos Ministros do Supremo também são funcionários, empregados, prestadores de serviço ou contratados, seja lá como possa ser definida legalmente, a relação deles com o IDP do Presidente do Supremo. Também está na relação o Ministro Nelson Jobim.

Será que não estariam ética e moralmente impedidos de se manifestarem acerca do entrevero Joaquim Barbosa X Gilmar Mendes? Nesse caso, não há conflito de interesses já que de alguma maneira os citados têm relação com Presidente do Supremo que envolve remuneração?

Ps do site: O comentarista não notou, mas o senhor Cezar Peluso trabalha para Gilmar e é também ministro do STF.

A lista dos professores do IDP está aqui

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Homenagem a Joaquim Barbosa

O Grande Mestre Joaquim Barbosa falou na cara de Gilmar Mendes o que todo mundo já sabia desde que ele deu dois habeas corpus em 48 horas ao maior criminoso do Brasil, Daniel Dantas (muito provavelmente um recorde mundial): que ele está destruindo a credibilidade do judiciário.

É pena que só exista ele no STF que tenha coragem de enfrentar Gilmar Mendes. Gilmar está de fato acabando com a justiça do Brasil. Está trabalhando arduamente para lascar os pobres e proteger os empresários poderosos como o nosso querido Daniel Dantas.

Gilmar será lembrado no futuro como um grande inimigo da democracia. Será um exemplo legítimo de corrupção, mau-caráter e arrogância. Joaquim será lembrado como o homem que não tinha medo, que o enfrentou. Fico feliz de vê-lo assim, e triste porque foi só ele.

Espero que um dia eu me encontre com o ministro Joaquim Barbosa e possa apertar a mão dele.

Veja o vídeo da briga e observe a cara de imbecil de Gilmar.



Abaixo o vídeo de 2007, onde Joaquim Barbosa já tinha enfrentado Gilmar Mendes.



VIVA JOAQUIM BARBOSA

Newsweek: Como o Brasil reverteu o curso

A revista online Newsweek conta como o Brasil, que teve uma das maiores desigualdades sociais do mundo durante anos, consegue encolher o abismo social entre ricos e pobres durante o governo Lula.

Link AQUI.

terça-feira, 21 de abril de 2009

"O Olho da Mente"

Achei esse vídeo no youtube, é muito interessante. Os neurocientistas falam como nossa percepção do mundo é afetada mais pelo que nosso cérebro espera ver do que pelo que está realmente em nossa frente.

Susan Greenfield: "Nossos cérebros estão constantemente distorcendo o que vemos. Usando a imaginação, nossos cérebros pegam um atalho; eles preferem adivinhar o que está lá para ser visto usando informações de experiências passadas (memória) do que montar a imagem na nossa mente toda vez começando do zero."

No experimento no fim do vídeo não percebemos que o lado esquerdo da sala é bem maior que o lado direito, nem como a mobília está especialmente projeta para confundir o cérebro. Tudo isso cria a ilusão que a menina está mudando de tamanho a medida que ela percorre a sala. Não vemos essa sala do jeito que ela é porque o cérebro usa informações armazenadas na memória para criar uma percepção da sala baseada em como esperamos que todas as salas sejam.

Possivelmente, se o cérebro não fizesse isso, não seríamos capazes de dar conta de todo o volume de informação no qual estamos sendo submetidos a todo instante.

Clique AQUI pra ver o vídeo.

Villa Lobos: Erudito ou Popular

Não vou começar essa polêmica, mas vou postar aqui um vídeo do grupo de chorinho Tira Poeira, um dos melhores na minha opinião, tocando O Trenzinho do Caipira (parte da Bachiana Brasileira 2).

É assim que Villa gostava de ser entendido, como compositor popular, influenciado também pela música erudita.


domingo, 19 de abril de 2009

Bolsa brasileira é a mais rentável do planeta em 2009

Agencia Estado
SÃO PAULO - A melhora de humor nos mercados internacionais nas últimas semanas trouxe o investidor estrangeiro de volta ao Brasil e colocou os principais ativos do País em destaque no mundo. Do início do ano para cá, a bolsa brasileira é a que tem os maiores ganhos do planeta e o real é a moeda com a terceira maior valorização ante o dólar. Se a máxima segundo a qual o mercado financeiro antecipa o que ocorrerá meses depois na economia real for mesmo verdadeira, os brasileiros podem ter razão para algum alívio, em meio a tantas notícias negativas. Até a quarta-feira, o índice MSCI Brasil avançava 27,41%, ante 25,7% do MSCI Rússia, segundo colocado no levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo. Essa série de termômetros do mercado acionário global foi criada pela MSCI Inc., divisão do banco americano Morgan Stanley. É a medida mais usada pelos investidores para comparar as bolsas porque adota referências semelhantes e elimina a influência das moedas locais. No mercado cambial, também até quarta-feira, o ganho do real em relação ao dólar era de 6,32%, ante 6,74% do rand sul-africano e 10,66% do peso chileno. Sexta-feira, a moeda americana valia R$ 2,191. Segundo o vice-presidente da mesa de operações do Banco WestLB, Alexandre Ferreira, o avanço do real só não é mais expressivo porque o Banco Central (BC) já fez operações que, na prática, tiveram o mesmo valor de uma compra de dólares. No fim de março, a autoridade monetária deixou de rolar vários contratos de um instrumento financeiro chamado swap, num total de US$ 3,5 bilhões. Se o BC tivesse mantido a estratégia anterior, provavelmente o real estaria no topo do ranking mundial hoje, como a Bovespa.A valorização dos dois ativos está interligada e deve-se principalmente à volta do apetite pelo risco entre os investidores estrangeiros. Isso ocorreu por causa do relativo otimismo que se seguiu ao anúncio do plano do governo Barack Obama para salvar bancos nos EUA e ao resultado da reunião do G-20, na qual se definiu, entre outras coisas, que banco relevante não vai mais quebrar e os planos de estímulo podem chegar a US$ 5 trilhões em todo o mundo. É como se a tempestade tivesse amainado e os investidores mais arrojados já estivessem saindo da toca para olhar as opções com bom potencial de retorno. Nesse contexto, o Brasil se destaca por várias razões.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Luis Nassif vs Noblat

Noblat, blogueiro da Globo, fez um post recentemente defendendo a punição de Protógenes. Quem não gostou muito do texto foi o jornalista Luis Nassif, que respondeu em seu blog fazendo algumas contestações. Leia que é imperdível.

Links originais:
Desabafo de Noblat
Resposta de Luis Nassif

Ricardo Noblat

Do lado da lei

De que lado você está?

Do lado do delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, ex-coordenador da Operação Satiagraha?

Ou do lado do banqueiro Daniel Dantas (foto acima), dono do grupo Opportunity, duas vezes detido por Protógenes e duas vezes libertado por habeas corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal?

Se hesitar em responder que está do lado do delegado é porque você é defensor enrustido do banqueiro condenado em primeira instância por tentativa de suborno, e suspeito de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Se insinuar que o delegado, movido pelas melhores intenções, talvez, contudo, porém, entretanto, tenha exorbitado dos seus poderes é porque você é um “dantista” descarado.

É nesses termos que se trava caloroso debate em blogs, comunidades da internet e em fóruns universitários país a fora.

Quem está do lado do delegado faz sua defesa apaixonada e incondicional. Quem enxerga falhas no trabalho dele argumenta com cautelosa timidez. Quem está do lado de Dantas…

Bem, se alguém está do lado de Dantas silencia. Resiste até mesmo sob tortura a abrir a boca a favor dele.

Protógenes escondeu informações dos seus superiores enquanto preparava o cerco a Dantas? Agiu bem. Os superiores não mereciam confiança. Acabariam vazando o que deveria ser mantido em segredo.

Protógenes espionou gente sem autorização da Justiça? Ora, vai ver que essa gente se relacionava com outra que era alvo de espionagem legal. É impossível combater o crime sem incorrer em pequenos crimes.

Arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), requisitados por Protógenes para ajudá-lo na Satiagraha, tiveram acesso a escutas grampeadas? A Polícia Federal disse que a ajuda feriu a lei. A ABIN disse que não.

Protógenes escreveu uma carta ao presidente Barack Obama acusando o Judiciário e Lula de estarem na folha de pagamento de Dantas? Compreensível. Foi desespero de um patriota desencantado.

Agora, falando sério: uma coisa é uma coisa, outra é outra, como observou certa vez José Genoino, então presidente do PT.

Dantas deve ser mandado para os quintos do inferno caso reste provado que ele é o mais vil dos criminosos paridos por aqui. Ou apenas vil.

Mas para onde deve ser mandado Protógenes se também restar provado que ele atropelou a lei? Há gradação de penas, eu sei. Por óbvio, a de Protógenes seria menor.

Só não dá é para admitir que o ilegal possa estar a serviço do combate à ilegalidade. Que crimes de grosso calibre sejam capazes de absolver os menores.

Tolerância zero com quem transgrida a lei!

Não é isso o que se cobra todo dia neste país abençoado por Deus, bonito por natureza e promovido à condição vergonhosa de paraíso da impunidade?

Assaltar o Banco do Brasil não pode. Atravessar o sinal vermelho pode?

Antes de dar por findo este libelo: atribui-se a políticos do PMDB ligados a Dantas, e a outros da oposição, a desgraça que se abateu sobre Protógenes, rapaz de boa índole, cumpridor dos seus deveres, profissional aplicado e competente, e, no entanto, ameaçado injustamente de ser expulso por mau comportamento dos quadros da Polícia Federal. Logo ele que se destacou por prender peixes graúdos que exalam mau cheiro.

Mas quem derrubou Protógenes da coordenação da Satiagraha – quem foi?

Quem distribuiu trechos de uma fita onde ele parecia pedir para deixar a função – quem foi?

Quem ordenou a abertura de inquérito para investigar sua conduta – diga lá?

E quem se prepara para denunciá-lo à Justiça por supostos crimes - quem?

Resposta a todas as perguntas: o governo do cara, do boa pinta, via Ministério da Justiça e Polícia Federal.

Palmas para o governo. Não importa que tenha sido pressionado a proceder assim. De resto, está disposto a ir muito além, patrocinando leis destinadas a impor uma nova ética à ação de agentes encarregados da repressão a crimes.

Luis Nassif

O bravo Noblat, de que lado está?

1. Os habeas corpus de Gilmar Mendes, ou pelo menos o segundo, não teve motivação legal. Tanto que ele pediu aos colegas que não rebatessem porque o que estaria em jogo (segundo ele) era o desafio do juiz De Sanctis ao Supremo. Manipulou o corporativismo do Supremo em favor de sua decisão.

2. Esconder informações dos superiores não configura ilegalidade. Noblat sabe bem que o trabalho na Polícia Federal era compartimentalizado, justamente para evitar vazamentos. Era essa a regra vigente até a chegada de Luiz Fernando ao comando. Basta ler o relatório do corregedor. Conflito administrativo? Provavelmente, mas longe de configurar ilegalidade ou crime, como pretende Noblat.

3. Se Protógenes cometeu abusos e ilegalidades, que seja punido. Faltou Noblat identificar quais abusos e quais ilegalidades. O que está ocorrendo até o momento é o vazamento seletivo de inquéritos, no qual o jornalista contemplado é editor e juiz ao mesmo tempo: vaza as informações que escolhe e julga sem apresentar todos os elementos. Por exemplo, acusa-se Protógenes de grampear assessor da Casa Civil. Quando o vazamento é divulgado com todas as informações, descobre-se que o grampeado era um advogado lobista que ligou para o assessor - que, saliente-se, nada falou de comprometedor. Se Protógenes é culpado mesmo, porque não se coloca a íntegra do processo de Ali Mazloum na Internet?

4. O relatório do corregedor não identificou uma só escuta ilegal. Identificou colisão com o novo estilo implantado por Luiz Fernando na PF. Ilegalidade, por tudo que li, e o Noblat também, não houve. Ilegalidade é dar divulgação a anotações particulares, não públicas, encontradas no computador do delegado.

5. Sem ser pressionado, o Noblat deu guarida a todos os balões empinados contra Protógenes. É fácil criticar o delegado por eventuais deslizes, submetido à maior pressão que já testemunhei um servidor público sofrer - de praticamente todos os poderes da República. Mas quem responde pelos deslizes na cobertura? NInguém, porque sendo contra Protógenes o jornalista está antecipadamente absolvido pelos veículos. A conta a ser paga é com os leitores.

6. Protógenes abusou, transgrediu, exorbitou? É possível. Praticou ilegalidades? Pode ser que sim, mas têm que aparecer as provas. É oportunista? Não o conheço para julgar. Não boto a mão no fogo nem assino em branco. Mas, como avalista de todos os fatos divulgados contra ele, aguardo que meu colega Noblat apresente as provas para poder responder com clareza à questão que coloca. Por enquanto, o que sei é que, no texto, Noblat mandará Dantas aos infernos “se restar comprovados” seus crimes. Quanto ao Protógenes, ele já julgou e condenou.

7. Não consta que os críticos de Protógenes estejam inibidos com as críticas. Pelo contrário, usam e abusam de informações e factóides de forma ampla.

8. Do final do libelo de Noblat, fica claro que Raul Jungmann não é o único homem público a torpedear a Satiagraha. Luiz Fernando e o corregedor Amaro fazem companhia. Se Noblat acha que é atenuante, achado está.

Mercado Interno e a Crise

A indústria brasileira começa a dar sinais de recuperação em março, como já previam alguns. Os setores que estão se recuperando são aqueles que dependem da renda do trabalhador (alimentos, automóveis, têxtil; por exemplo).

O aumento do salário mínimo e outros programas sociais ajudaram a elevar a renda média das famílias mais pobres; que estão consumindo mais, aumentando a demanda interna. Matamos dois problemas com a distribuição de renda: melhoramos a qualidade de vida dos mais pobres e aumentamos o fluxo de dinheiro para fugir da crise. Na minha opinião, essa é uma solução melhor do que entregar dinheiro aos bancos.

Em dezembro, quando a crise estava no auge, todos os 14 setores pesquisados tiveram uma queda de demanda global comparada a setembro. Demanda global é a soma da demanda interna e externa. Já em março, a demanda global voltou a subir, principalmente pelo aumento do consumo interno.

A venda de automóveis foi quase 17% maior que em março de 2008; também graças a redução do IPI. A indústria automobilística é uma das mais importantes para a geração de emprego, e por isso, é um fator importante. “Fizemos a redução do IPI porque sabíamos da importância da cadeia produtiva automobilística. Eles representam aproximadamente 24% ou 25% do PIB [Produto Interno Bruto] industrial brasileiro”, disse Lula no seu programa de rádio. (fonte: AQUI). A venda de automóveis é um um dos bons indicativos da economia em qualquer lugar do mundo.

A venda de alimentos também está bem. Em março, tivemos a melhor média de renda nesse setor dos últimos 14 anos. "Trata-se de um item que é imune à crise porque não depende de crédito para ser comprado", Diz Jorge Ferreira Braga, do FGV. A baixa da inflação também ajuda.

Link externo
Último segundo: A Indústria dá sinais de recuperação

Na medida que outros links forem aparecendo, se aparecerem, vou postando.
Por enquanto a Folha só fala de queda de PIB.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Protógenes: "Amaro é um delegado escalado para produzir provas para facilitar o Daniel Dantas."

Abaixo reproduzo a entrevista de Protógenes ao Blog Acerto de Contas.

Acerto de Contas - Oi Protógenes, tudo bem? O que achou do depoimento ontem?

Tudo bem Pierre. Acho que foi bom, e deve ter sido, porque hoje não saiu muita coisa a respeito.

Você estava preocupado em avançar o sinal em relação à Satiagraha?

Pois é, muitas perguntas surgiram, e algumas eu optei por não responder, porque poderia colocar em perigo dados sigilosos da Operação Satiagraha.

Inclusive no final eu chamei os deputados, e pedi para participarem e acompanharem o desenrolar da Operação Satiagraha, inclusive nos EUA. Muita coisa precisa vir ainda à tona, e acredito ser importante a participação dos deputados. inclusive disse: “Me convoquem que eu vou junto”.

Inclusive em relação à Dilma e ao filho do Presidente?

Lógico, mas neste caso era melhor falar logo que não há nenhum resquício de investigação sobre eles, para que não ficassem utilizando indevidamente os nomes de quem não era objeto da investigação. Em nenhum momento eles foram investigados.

E como está sua situação na Polícia Federal?

Eu espero que volte a ser boa. Gosto do meu trabalho de investigador, e acredito que a atuação da Polícia Federal é de suma importância para o combate à corrupção. Inclusive eu estou esperando minha liberação para contribuir com uma CPI na Assembléia Legislativa de São Paulo, mas ainda não me liberaram. Não sei se esta é a sua avaliação também.

Você está sofrendo uma investigação da Corregedoria da PF, que está sendo conduzida pelo Delegado Amaro. Qual o papel deste Delegado nessa história toda?

O Corregedor Amaro é um delegado escalado para produzir provas para facilitar o Daniel Dantas. Ele faz parte parte de uma orquestra organizada composta do Presidente da CPI, Marcelo Itagiba e outros da cúpula da Polícia Federal, não identificados ainda. Todos tem como objetivo favorecer o banqueiro-condenado Daniel Dantas.

Você acredita que pode acontecer o que?

Olha Pierre, se dependesse de Daniel Dantas e os que o defendem, eu seria preso, mas não conseguem porque não sou bandido. Como disse ontem, essa é a primeira vez que acontece uma investigação para averiguar uma outra investigação.

Estou sofrendo uma perseguição implacável, mas acredito que no fim tudo isso irá cair, pois o bandido não sou eu. Estão tentando inverter os papéis.

E como está vendo esta reação no Congresso que está surgindo a seu favor?

Fico feliz em saber que vários parlamentares estão agora me apoiando. Já temos uma frente parlamentar que está se posicionando contra a perseguição que estou sofrendo.

O PDT e o PSOL em sua totalidade estão me apoiando, parlamentares do PMDB, como o nobre Senador Pedro Simon e o deputado Paulo Lima. Além de parlamentares do PT, como Eduardo Suplicy e Antonio Carlos Biscaia, e do PSB, como Janete Capiberibe.

Inclusive o PDT anunciou que você pode sair candidato a deputado pelo partido. É verdade?

Soube disso pela imprensa, mas neste momento eu não tenho compromisso partidário algum. Meu desejo é continuar atuando no combate à corrupção, dentro da Polícia Federal. Sou delegado de carreira, e acredito que cumpro muito bem o meu dever.

Muita gente está me incentivando a sair candidato, você mesmo é um deles, mas isso só acontecerá na hipótese de não ter mais chances de combater a corrupção dentro da Polícia Federal. Aí teria que procurar outra forma de atuação pública. Mas por enquanto, acredito na recuperação da minha posição dentro da Polícia Federal.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Roteiro para enteder a CPI - Por Carlos Graça Aranha

"Caros amigos,

Corretíssima explanação fez a Procuradora do MPF Janice Ascari aqui na rede, explicando claramente o que é uma CPI, seus poderes e limitações. Não é demais lembrar, CPI não indicia ninguém. Somente o pode fazê-lo uma Autoridade Policial(Delegado) ou membro do Ministério Público quando da oferta da denúncia.
Imagino a imensa frustração de muitos por aqui quanto ao direito constitucional evocado pelo delegado na CPI, ontem.

Como também operador do direito, OficialCP da PCERJ, especialista em fraudes, tendo auxiliado a cassar os mandatos de dois deputados estaduais do RJ( Jane Cozzolino e Renata do Posto), já tendo prestado depoimento em CPI posso avaliar certas questões:

1) A CPI deve ter tema previamente determinado. E tinha, a interceptação telefônica ilegal generalizada pelo país(um factóide). Queria eu que Protógenes fosse “indiciado” ontem. Como assim ? Ficaria evidenciado o crime de abuso de autoridade praticado por Itagiba; Processá-lo, mesmo sendo deputado, seria fácil;

2) A CPI era uma armadilha, eu disse ARMADILHA. Os dados da Satiagraha são sigilosos, como decretado pelo Juiz Fausto De Sanctis, sendo correto que ele mesmo negou a abertura do sigilo à malsinada CPI; É tão sigilosa que o Juiz Mazloum estará em péssimos ângulos nas próximas cenas. Caso Protógenes falasse de algo protegido por sigilo poderia sair dali preso em flagrante por crime inafiançável em sede policial. ESSA ERA A ARMADILHA. Itagiba estava louco para prendê-lo por algo mais sério que uma simples contradição; Contradição nem sempre está associada a má fé, mais também a receios de serem reveledos certos fatos em determinadas datas;

3) O Objetivo principal era o de produzir prova para Dantas, o banqueiro condenado, como diz o delegado, porém, como Protógenes não caiu na armadilha, esse objetivo tornou-se inatingível;

4) Via de regra, nas CPIs estaduais em que tive de depor para me explicar, junto com Delegados e demais agentes, do porquê se investigou este ou aquele “riquinho”, encontrei beócios, bossais e ignorantes por completo, ocorrendo uma ou outra exceção. O nível intelectual do grosso dos parlamentares é péssimo. É o preço que se paga pela distorção do processo eleitoral e da banditização. Esta última embrutece. Muitos dos que vi no parlamento do RJ hoje estão em Brasília.

5) Da publicidade dos atos do inquérito: Legalmente tomaremos ciência do que há em Satiagraha somente quando da sentença prolatada pelo Juiz do caso no processo. Satiagraha ainda é inquérito. Paciência.

6) O delegado Protógenes estava bem preparado. Fugiu às tentações de se tornar mártir. Ainda assim, conseguiu ser irônico sem tencionar ironia, mas por conta do absurdo que ali se explanava;

7) A PF ao mesmo tempo flagelava Dantas dentro da lei(busca e apreensão judicial)- Recado direto;
Aspectos positivos:

a) Está cada vez mais clara e cristalina toda a situação, todos os fatos, as redes de intrigas e proteção, os papéis dos personagens;

b) Aproxima-se a data de se observarem os cadáveres morais e suas vísceras;
Aspectos negativos: Por transcender a mandatos distintos, épocas, tendo gente(políticos nefastos) atolada na lama por todos os lados e, sendo o STF atual dirigido de forma autocrática, para dizer o mínimo, concluam…"

Link original AQUI.

The Wall Street Journal: Look to Brasilia, Not Beijing

Jornal destaca Brasil e IBSA - India-Brazil-South Africa Dialogue Forum.

Fala como o Brasil, Índia e África do Sul formam um contra ponto dos países emergentes em relação à China por serem países democráticos e por terem projetos de distribuição de renda.

LINK PARA O ARTIGO ORIGINAL AQUI.
LINK PARA ARTIGO TRADUZIDO POR AZENHA AQUI.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Jimi Hendrix

Cansei de ouvir que Jimi Hendrix foi mais um roqueiro. Ele está muito acima de ser isso. Hendrix foi o instrumentista mais influente do século passado. Eu não estou dizendo que ele foi o melhor, estou dizendo que ele foi o que mais influenciou.

Influenciou mais que Charlie Parker, mais que Miles Davis, mais que Paco de Lucia, mais que Thelonious Monk, mais que BB King, mais que Dizzy Gilespie, mais que todo mundo. Há muitas pessoas, como o próprio Miles Davis e Pat Metheny, que concordam comigo. Os metaleiros, os jazzistas e os eruditos vão ter que engolir isso.

Hendrix saiu de uma família negra e miserável nos Estados Unidos e com apenas 3 CDs de carreira lançados e com 27 anos de vida influenciou não só guitarristas de rock, mas todos os tipos de instrumentistas de vários estilos musicais. A forma solta e livre como tocava blues, funk e rock iniciou uma nova forma de se expressar musicalmente.

Eu não sou necessariamente um grande ouvinte de ROCK, mas não tenho preconceito com os instrumentistas desse estilo. Eu particularmente prefiro Hermeto Pascoal como instrumentista, mas reconheço que sua influência não teve o alcance de teve a de Jimi Hendrix. Como eu já disse, ele transcendeu seu instrumento e seu estilo musical - ele foi um influenciador d'A Música.




terça-feira, 7 de abril de 2009

Capitalismo como nós o conhecemos

Clique na figura para ampliá-la.

Atenção: Essa figura é de 1911! Você se assusta com o fato dela ter quase 100 anos?!

Crise!!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Engenharia brasileira no contexto internacional

Texto de Ângelo, postado no blog de Nassif.
Link original aqui.


Os Salários e Os Cérebros

Por Ângelo

Estou envolvido com um projeto de microeletrônica que está debaixo do guarda chuva do programa CI-Brasil para formação de mão de obra em projeto de circuitos integrados e para projeto e produção de circuitos integrados no Brasil. Venho me perguntando há algum tempo como aproveitar a onda e, além de repatriar nossos cérebros, recrutar engenheiros nos EUA e na Europa.

Na Europa é tarefa mais fácil, pois os salários lá estão quase que nivelados com os do Brasil. Há um ano fiz uma visita a uma empresa francesa, em Toulouse, que é fornecedora tanto da Airbus quanto da Agência Espacial Européia. Os diretores da empresa se assustaram com o valor da nossa hora técnica, que estava no mesmo patamar da hora técnica deles. Eles esperavam custos de engenharia bem mais baixos no Brasil pela falsa percepção de que somos país atrasado e temos mão de obra mais barata.

Também tive contato com um engenheiro da Fiat, brasileiro com mais de dez anos de experiência em mais de uma fábrica de automóveis em SP. Ele admitiu sair do Brasil para trabalhar na Fiat italiana exclusivamente para ter no currículo a experiência internacional, pois seu salário nominal lá na Itália é MENOR do que no Brasil. Engenheiros na Europa estão ganhando entre € 1.500 e € 3.000 por mês, perfeitamente compatível com o que bons engenheiros ganham no Brasil.

Nos EUA percebo que no pujante Vale do Silício, a região mais rica do estado mais rico da nação mais rica do mundo, na Califórnia, os empregos são perdidos às centenas. O capital de risco que historicamente financiou as empresas nascentes no Vale está retraído. Empresas de projetos não conseguem clientes e novas empreitadas. Mesmo empresas do porte da Intel já começam a demitir às centenas, às vezes milhares como é o caso da IBM.

A formação em ciências exatas que temos no Brasil é tão boa quanto a fornecida nas melhores escolas brasileiras como USP, Unicamp e UFMG. A diferença é que eles formam numa escala muito maior e, diferença fundamental, não existe indústria inovadora no Brasil que absorva nossa capacidade intelectual.

A grande diferença que a importação desses cérebros fará para nosso país é trazer sua experiência em projetos de alta tecnologia e fazer a transferência de know how para nosso pessoal. Mas aí caímos no seríssimo problema da falta de uma indústria nacional disposta a promover e usar a inovação tecnológica. O empresário brasileiro, inclusive na perspectiva histórica, não gosta, não usa e não contrata tecnologia nacional, preferindo importar caixas pretas do exterior.

O melhor exemplo talvez seja o da Embraer, que foi alvo de calorosa e edificante discussão neste blog recentemente. A Embraer há bastante tempo desistiu de fazer inovação e hoje se limita a ser uma montadora. Não foi criada uma cadeia produtiva em torno da Embraer e isso causou um enorme prejuízo à nossa soberania.

Então não basta que importemos os cérebros do primeiro mundo. É necessário fazer com que a indústria nacional absorva os produtos e projetos que eles porventura venham a desenvolver em terras tupiniquins.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Obama fã de Lula

Obama elogia Lula na reunião do G20. Está na BBC NEWS.
Diz ele: "Esse é o cara! Eu amo esse cara. É o político mais popular da Terra."
CONSTRANGEDOR!
Veja o vídeo. (link original)