Que o CD tornou-se um objeto e produto obsoleto não se tem dúvidas. Os números que vieram após a morte de Michael Jackson comprovam que não há mais solução para a indústria de CD’s.
A venda de músicas de Michael Jackson disparou após sua morte. E disparou com muita força.
Só para termos uma idéia, na segunda-feira passada, os 13 discos mais vendidos na Amazon.com (é uma boa amostra do que é vendido no mundo) atualmente são de Michael Jackson ou do Jackson Five.
Estima-se que os discos do Rei do Pop tenham vendido algo em torno de 4 milhões de cópias, apenas nos últimos 20 dias. Para termos uma idéia da movimentação em torno do astro, no site Letras.com, dentre as 200 músicas mais pesquisadas, 69 eram do cantor.
Veja que ele tem os 13 discos mais vendidos do mundo atualmente, e em 23 dias vendeu “apenas” 4 milhões de cópias. Há 20 anos esse número seria irrisório. apenas com o álbum Thriller, Jackson vendeu mais de 100 milhões de cópias.
Mas em compensação, entre downloads legais e ilegais, o número seria superior a 200 milhões de transferências de arquivos, apenas em pouco mais de 20 dias.
O modelo de discos está realmente esgotado. Eu ainda não entendi porque algumas gravadoras ainda insistem no modelo antigo, com 15/20 músicas, quando o racional seria lançar uma música de cada vez, trabalhar junto com o artista na divulgação, e faturar de outra forma, como na promoção de shows.
Enquanto continuar desta forma, é inevitável que a pirataria continue ganhando a luta.
Primeiro que ninguém está disposto a pagar R$ 30,00 em um produto que pode conseguir facilmente na internet, de graça. Segundo que a maioria das pessoas escuta som em formato MP3, em ipod’s, tocadores de mp3, computadores, ou mesmo no som do automóvel.
É uma luta ingrata onde é inevitável a derrota.
O Rei do Pop fez estourar a MTV, os grandes shows, a venda de discos na década de 80 e também influenciou centenas de músicos, e na sua morte ajudou a provar que a indústria fonográfica já é um produto do passado.
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