Acerto de Contas - Oi Protógenes, tudo bem? O que achou do depoimento ontem?
Tudo bem Pierre. Acho que foi bom, e deve ter sido, porque hoje não saiu muita coisa a respeito.
Você estava preocupado em avançar o sinal em relação à Satiagraha?
Pois é, muitas perguntas surgiram, e algumas eu optei por não responder, porque poderia colocar em perigo dados sigilosos da Operação Satiagraha.
Inclusive no final eu chamei os deputados, e pedi para participarem e acompanharem o desenrolar da Operação Satiagraha, inclusive nos EUA. Muita coisa precisa vir ainda à tona, e acredito ser importante a participação dos deputados. inclusive disse: “Me convoquem que eu vou junto”.
Inclusive em relação à Dilma e ao filho do Presidente?
Lógico, mas neste caso era melhor falar logo que não há nenhum resquício de investigação sobre eles, para que não ficassem utilizando indevidamente os nomes de quem não era objeto da investigação. Em nenhum momento eles foram investigados.
E como está sua situação na Polícia Federal?
Eu espero que volte a ser boa. Gosto do meu trabalho de investigador, e acredito que a atuação da Polícia Federal é de suma importância para o combate à corrupção. Inclusive eu estou esperando minha liberação para contribuir com uma CPI na Assembléia Legislativa de São Paulo, mas ainda não me liberaram. Não sei se esta é a sua avaliação também.
Você está sofrendo uma investigação da Corregedoria da PF, que está sendo conduzida pelo Delegado Amaro. Qual o papel deste Delegado nessa história toda?
O Corregedor Amaro é um delegado escalado para produzir provas para facilitar o Daniel Dantas. Ele faz parte parte de uma orquestra organizada composta do Presidente da CPI, Marcelo Itagiba e outros da cúpula da Polícia Federal, não identificados ainda. Todos tem como objetivo favorecer o banqueiro-condenado Daniel Dantas.
Você acredita que pode acontecer o que?
Olha Pierre, se dependesse de Daniel Dantas e os que o defendem, eu seria preso, mas não conseguem porque não sou bandido. Como disse ontem, essa é a primeira vez que acontece uma investigação para averiguar uma outra investigação.
Estou sofrendo uma perseguição implacável, mas acredito que no fim tudo isso irá cair, pois o bandido não sou eu. Estão tentando inverter os papéis.
E como está vendo esta reação no Congresso que está surgindo a seu favor?
Fico feliz em saber que vários parlamentares estão agora me apoiando. Já temos uma frente parlamentar que está se posicionando contra a perseguição que estou sofrendo.
O PDT e o PSOL em sua totalidade estão me apoiando, parlamentares do PMDB, como o nobre Senador Pedro Simon e o deputado Paulo Lima. Além de parlamentares do PT, como Eduardo Suplicy e Antonio Carlos Biscaia, e do PSB, como Janete Capiberibe.
Inclusive o PDT anunciou que você pode sair candidato a deputado pelo partido. É verdade?
Soube disso pela imprensa, mas neste momento eu não tenho compromisso partidário algum. Meu desejo é continuar atuando no combate à corrupção, dentro da Polícia Federal. Sou delegado de carreira, e acredito que cumpro muito bem o meu dever.
Muita gente está me incentivando a sair candidato, você mesmo é um deles, mas isso só acontecerá na hipótese de não ter mais chances de combater a corrupção dentro da Polícia Federal. Aí teria que procurar outra forma de atuação pública. Mas por enquanto, acredito na recuperação da minha posição dentro da Polícia Federal.
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